É uma pergunta muito importante a se fazer durante a gravidez – A ansiedade pode prejudicar o bebê ainda não nascido?
Infelizmente, sim, o estresse e a ansiedade afetam a gravidez e podem ter efeitos negativos sobre o bebê.
Por isso, você nunca deve ignorar problemas de ansiedade esperando que desapareçam, mas sim buscar maneiras de reduzir sua ansiedade.
A gravidez pode ser um período muito assustador e, com tantas mudanças acontecendo, as ansiedades podem facilmente crescer até proporções gigantescas.
Aqui vamos analisar brevemente quais resultados para bebês de mães ansiosas os estudos indicaram, outros efeitos da ansiedade na saúde.
Além disso, algumas formas de assumir o controle da ansiedade na gravidez e reduzir seus efeitos.
Você consegue, mamãe.
Ansiedade durante a gravidez – Efeitos no bebê
O que dizem os estudos científicos sobre os efeitos da ansiedade materna no desenvolvimento do bebê?
Baixo peso ao nascer e trabalho de parto prematuro estão associados ao estresse materno causado pela ansiedade.
Alguns estudos também indicam risco aumentado de TDAH e ADD, ansiedade infantil e transtornos de separação, além de atrasos no desenvolvimento em crianças cujas mães sofrem estresse severo durante a gravidez.
No entanto, as evidências para esses casos não são muito fortes.
Embora seja geralmente aceito que mães com ansiedade severa têm riscos aumentados para esses problemas, não está claro como, por quê e em que grau.
Afinal, ansiedade severa é um termo vago.
Cada mulher lida com a ansiedade de forma diferente e nenhuma gestante tem exatamente os mesmos fatores de estresse.
Além disso, embora existam muitas teorias sobre como o estresse prejudica a mulher e o bebê, não há uma resposta clara.
Seu sistema imunológico pode sofrer
Mas uma coisa é certa: o estresse causado pela ansiedade pode rapidamente enfraquecer o sistema imunológico da gestante, deixando-a suscetível a doenças frequentes.
Embora seja improvável que a maioria das doenças comuns prejudique diretamente o feto, algumas – incluindo a gripe – estão associadas ao parto prematuro.
Febres durante a gravidez também podem causar defeitos congênitos, especialmente defeitos do tubo neural.
Desidratação e vômitos/diarreia severos também são conhecidos por desencadear parto prematuro.
Mãe ansiosa, bebê ansioso
Além disso, o estresse e a ansiedade na gravidez causam um aumento dramático nos níveis de cortisol.
O cortisol é vital para o desenvolvimento dos pulmões dos bebês e espera-se que seus níveis aumentem durante a gravidez.
Se o bebê for exposto a muito cortisol durante a gestação, pode se tornar hipersensível ao estresse.
Estudos mostram que essa sensibilidade persiste até os primeiros anos de vida.
Assim, uma mãe ansiosa terá um bebê ansioso.
Obviamente, seria melhor para mãe e bebê que a mulher evitasse ansiedade excessiva durante a gravidez.
No entanto, aprender a gerenciar a ansiedade pode ser mais importante do que evitá-la.
Gravidez não saudável devido à ansiedade
Uma linha de pensamento sobre por que a ansiedade pode causar problemas na gravidez é que habilidades de enfrentamento ineficazes podem levar a comportamentos e hábitos não saudáveis.
Má alimentação, uso de álcool e drogas, tabagismo, consumo excessivo de cafeína e uso exagerado de analgésicos e medicamentos para dormir são exemplos desses comportamentos prejudiciais.
Além disso, mulheres que têm vidas muito estressantes dificilmente estarão sob MENOS estresse após o nascimento do filho.
Isso significa que o ambiente em que o bebê nasce também vai causar ansiedade à criança à medida que ela se desenvolve.
Isso pode facilmente explicar o risco aumentado de transtornos de déficit de atenção, ansiedade e até alguns atrasos no desenvolvimento.
Ou seja, você pode ficar ansiosa por estar ansiosa.
Comprometa-se a encontrar formas de reduzir a ansiedade
Agora que você sabe que ansiedade e estresse podem causar problemas reais para você e seu bebê, existem basicamente duas formas de resolver o problema: reduzir a ansiedade e aprender a lidar com ela.
De qualquer forma, procurar um conselheiro ou terapeuta pode ser uma boa ideia.
A terapia não precisa necessariamente ser uma jornada psicológica profunda (embora possa ser).
A maioria dos terapeutas é treinada para ajudar com várias estratégias que podem diminuir a ansiedade, incluindo gerenciamento de tempo, organização e até orçamento.
Eles também, claro, podem ajudar com técnicas de relaxamento e apoio emocional.
Por fim, quem luta contra a ansiedade tem mais chances de desenvolver depressão pós-parto.
A educação para reconhecer os sinais e sintomas da DPP e ter um relacionamento estabelecido com um conselheiro pode ser útil.
Caso contrário, lembre-se de que episódios ocasionais e temporários de ansiedade são completamente normais para todos, grávidas ou não, e dificilmente causarão efeitos negativos duradouros.
Nesses momentos, pense em autocuidado e relaxamento.
Um banho quente e tranquilo à luz de velas era minha escolha. Meditação, yoga, caminhadas na natureza por trilhas seguras e até uma noite de Netflix (com ou sem “chill”) também podem ajudar.
Em geral, qualquer coisa que seja segura, distraia sua mente e seja prazerosa é perfeita.
Agora você tem desculpa para fazer isso com mais frequência. Isso vale também depois que o bebê nascer.
Ansiedade severa e/ou crônica durante a gravidez requer intervenção profissional. Para encontrar um profissional de saúde mental em sua região, ligue para a National Alliance on Mental Illness Helpline no 1-800-950-NAMI nos EUA ou para a Minds Information Hot-Line no 0300 123 3393 no Reino Unido. Se você sentir que pode se machucar ou machucar alguém, procure serviços de emergência imediatamente.
Fontes:
- http://www.cam.ac.uk/research/news/mothers-stress-hormone-levels-may-affect-foetal-growth-and-long-term-health-of-child
- https://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/news/20040716/anxiety-during-pregnancy-increases-adhd-risk#1
- https://www.psychologytoday.com/us/blog/how-the-mind-heals-the-body/201411/how-stress-affects-the-immune-system
- http://www.newsweek.com/how-calm-your-anxiety-during-pregnancy-315242
- https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S187151921500030X
- https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-319-22023-9_12